Ide e Pregai

O Documentário é um resumo da história das Assembléias de Deus no Brasil a começar pela chegada dos missionários e pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren, em Belém do Pará.

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O Espelho dos Mártires

O Documentário relata em detalhe o modo de vida e as persiguições que sofreram os cristão primitivos e como foram martirizados os Apóstolos de Cristo.

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Filme ´180`: 33 minutos que mudarão sua opinião sobre o aborto

O Ministério Living Waters, dos Estados Unidos, produziu recentemente um documentário impactante e fantástico sobre o aborto. O filme traz como título ‘180’ e instiga as pessoas a mudarem de opinião sobre o aborto e outras questões bíblicas.

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HERMENÊUTICA: Princípios de Interpretação Bíblica

>> sexta-feira, 1 de março de 2013

Antes de percebermos o significado de um texto bíblico para os nossos dias, precisamos compreender seu significado para a época em que foi escrito, para os seus primeiros leitores. Nesse processo, não podemos, de jeito nenhum, descartarmos a hermenêutica (ciência e arte de interpretação), pois estaríamos passando por cima de uma etapa indispensável do estudo bíblico e deixando de nos beneficiar dela.
Nesse processo de estudo do texto bíblico, a primeira etapa, que é a observação, parte da pergunta: “Que diz o texto?”. A segunda etapa, a interpretação, indaga: “Que quer dizer?”. E por fim, a terceira etapa, que é a aplicação, questiona: “Como se aplica a mim?”

Tem uma galera que interpreta a Bíblia de maneira equivocada, alegando, inclusive, que um determinado texto pode ter inúmeras interpretações, dependendo de quem o lê, ignorando, desta forma, as diretrizes apropriadas da hermenêutica.
Será que a intenção de Deus era que a Bíblia fosse trabalhada dessa forma? Oxente, se conseguirmos manipular a Bíblia para extrairmos dela o sentido que desejarmos, ela não pode ser um guia confiável.
O que não falta são interpretações divergentes de inúmeras passagens. Vou reproduzir a seguir alguns exemplos extraídos do livro “A Interpretação Bíblica: meios de descobrir as verdades da Bíblia”, de Roy B. Zuck: “Alguns são de opinião de que a declaração de Paulo, em Colossenses 1:15, de que Cristo é “o primogênito de toda a criação”, significa que Ele foi criado. Outros, por sua vez entendem que como acontece com o primogênito de toda família, Ele é o herdeiro. Os pentecostais praticam o chamado ‘falar em línguas’ com base em 1 Coríntios 12-14. Já outros grupos leem os mesmos capítulos e entendem que tal prática limitava-se à era apostólica, não aplicando-se à atualidade. Naum 2:4 (‘os carros passam furiosamente pelas ruas, e se cruzam velozes pelas praças..’) já levou à conclusão de que se trata de uma profecia sobre o trânsito intenso de automóveis em nossas cidades modernas. Alguns procuram atribuir um sentido ‘espiritual’ à parábola do bom samaritano (Lc 10:25-37), explicando que a hospedaria para onde o ferido foi levado simboliza a igreja e que as duas moedas de prata dadas ao hospedeiro representam a ceia do Senhor e o batismo nas águas... Há quem segure cobras venenosas porque leu Marcos 16:18. A questão das mulheres ensinarem ou não aos homens, depende da interpretação de 1 Coríntios 11:5; 14:34-35 e 1 Tm 2:12.”
O Dr. D.A. Carson, em seu livro “Os Perigos da Interpretação Bíblica”, faz os seguintes questionamentos: “Por que será que entre aqueles que têm conceitos elevados acerca da autoridade das Escrituras, há alguns que acham que línguas são o sinal definitivo do batismo do Espírito, outros que acreditam que o dom de línguas é opcional e outros ainda que pensam que isso não existe mais como dom genuíno? Por que algumas pessoas defendem uma abordagem dispensacionalista das Escrituras, enquanto outras se consideram ‘teólogos da aliança’? Por que existem vários tipos de calvinistas e arminianos, batistas e adeptos do batismo infantil? Por que alguns defendem resolutamente uma forma presbiteriana de organização da igreja, outros são a favor de algum tipo de congregacionalismo e outros ainda desejam uma estrutura hierárquica dos três ofícios, que predominou no Ocidente por quase um milênio e meio a partir da época dos pais pós-apostólicos? Posso perguntar qual é o significado da Santa Ceia? Ou por que existe tal superabundância de opiniões com relação à escatologia?”
Todas essas – como tantas outras – são questões de interpretação. Essa discrepância de concepção ressalta que nem todos os leitores seguem os mesmos princípios para compreenderem o texto bíblico, o que denota a ausência de uma hermenêutica correta.
Um estudioso mais sensível da Bíblia – escreve o Dr. Carson – poderia perguntar: “Se há tantas armadilhas exegéticas e ciladas hermenêuticas, como posso ter certeza de que estou interpretando e pregando as Escrituras de maneira correta? Como posso evitar o terrível fardo de ensinar alguma inverdade, depositar na consciência do povo de Cristo coisas que Ele próprio não impõe ou eliminar aquilo que Ele insiste em manter? Quantos danos poderei causar com minha ignorância e falta de habilidade exegética?”
A interpretação bíblica é essencial para a sua aplicação correta, apoiando-se, primeiramente, na observação e, depois, conduzindo a prática. O objetivo do estudo da Bíblia não se limita a apurar o que ela diz e o seu significado: inclui sua aplicação à vida do leitor.
A Bíblia nos fornece muitos fatos acerca de Deus, de nós mesmos, do pecado, da salvação e do futuro, os quais precisamos conhecer. Nela buscamos informação e entendimento. A questão, todavia, é o que fazer com essa informação e com esse entendimento. A interpretação é a etapa que nos transporta da leitura e da observação do texto para sua aplicação, o que significa dizer que a interpretação bíblica é absolutamente essencial à aplicação. Se nossa interpretação não for correta, podemos acabar aplicando a Bíblia de forma incorreta. A forma como são interpretadas determinadas passagens afeta diretamente o comportamento do intérprete, bem como de outras pessoas. Assim, quando a Bíblia não é interpretada corretamente, a teologia de um indivíduo ou de toda uma igreja pode tornar-se desconhecida ou superficial, e seu ministério, conseqüentemente, desequilibrado.
Embora boa parte do nosso povo encha a boca e estufe o peito para dizer que a Bíblia é nossa regra de fé, a maioria não tem o hábito de lê-la, e então a regra de fé dessa galera passa a ser, na prática, os sermões que ouve, as letras de nossas músicas (nem sempre uma belezura) e a própria mídia. O efeito disso, claro, é devastador para o Cristianismo.

Isac Machado de Moura

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