Ide e Pregai

O Documentário é um resumo da história das Assembléias de Deus no Brasil a começar pela chegada dos missionários e pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren, em Belém do Pará.

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O Espelho dos Mártires

O Documentário relata em detalhe o modo de vida e as persiguições que sofreram os cristão primitivos e como foram martirizados os Apóstolos de Cristo.

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Filme ´180`: 33 minutos que mudarão sua opinião sobre o aborto

O Ministério Living Waters, dos Estados Unidos, produziu recentemente um documentário impactante e fantástico sobre o aborto. O filme traz como título ‘180’ e instiga as pessoas a mudarem de opinião sobre o aborto e outras questões bíblicas.

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Materialismo e Avareza - O Que é Realmente Sólido e Permanente?

>> terça-feira, 28 de agosto de 2012

"Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." (1Timóteo 6:10)
 
 
Paulo diz que aqueles que quiseram se enriquecer caíram em laços e ciladas.  A vontade de Deus é que tenhamos o necessário para viver, e que estejamos tranqüilos e confiantes nele para o nosso sustento (Mateus 6:33).

 

A igreja, durante a sua história, envolveu-se com as riquezas deste mundo de tal forma que tem impedido o verdadeiro estabelecimento do Reino de Deus. O que geralmente ocorre é que em alguns grupos a grande quantidade de riquezas ocupa o tempo e o coração de seus líderes, ao mesmo tempo que em outros a falta de dinheiro gera intranqüilidade a ponto de levar seus obreiros a se envolverem no serviço secular. Tanto num caso como noutro, os líderes acabam não dando tempo suficiente a Deus, e nem a devida assistência à igreja, que se torna debilitada e doente espiritualmente, e conseqüentemente também não contribui bem financeiramente.
 
Desta forma, um círculo vicioso se instala: o obreiro intranqüilo não oferece boa assistência; um povo mal assistido não contribui!

Obviamente não temos pretensão de esgotar o assunto, que é extenso, mas queremos abordar algumas questões fundamentais, sem medo de tocar naquilo que está abaixo da superfície.


Uma Igreja Comprometida Com o Poder Financeiro


A Igreja Católica, na Idade Média, chegou a concorrer com as maiores fortunas da época. Possuía riquezas de tal magnitude que dominava vidas de reis e imperadores. Essas riquezas eram adquiridas de diversas formas: vendas de indulgências; conquistas feitas durante as Cruzadas; posse das terras de pessoas amaldiçoadas por ela... (isso era mais comum do que se pensa).

As grandes catedrais construídas a partir do século XI vieram de uma crença que situava a presença de Deus nos edifícios: Deus estava nos grandes templos, e quem ajudasse a construir acumulava certos créditos diante dele, pois estavam construindo "a casa de Deus". Os sacerdotes se colocaram como representantes de Deus na terra, e isso ao ponto de ter poder de vida e morte sobre as pessoas. A separação entre clero e leigo foi acentuada de forma muito profunda.

 
Nesta época alguns homens foram levantados pelo Senhor para desfazer essa visão errônea, mostrando que não havia separação entre classes: a igreja toda era sacerdotal.

Homens como os valdenses, João Wycliff, os "Irmãos", Bernardo de Claraval, Domingos, e Francisco de Assis, vieram mostrar uma vida mais simples, de cuidado uns com os outros, e até chegaram a cair em extremos para contrastar com a posição da Igreja Oficial.

 
R. H. Nichols diz: "Em virtude desses dois fatores, excesso de autoridade e riquezas, o egoísmo dominou a vida da maioria do clero. Extremaram-se os clérigos no zelo e guarda de seus privilégios legais e sociais. Fizeram do dinheiro seu grande objetivo. Muitos deles se tornaram "pluralistas", isto é, exerciam dois ou mais ofícios eclesiásticos e aumentavam as suas rendas muitas vezes, alugando substitutos aos quais pagavam mal, para fazerem o trabalho que eles próprios não conseguiam fazer. Por meio da simonia (venda de coisas espirituais), que crescera muito apesar da luta de alguns reformadores desse tempo, eram obtidos lugares importantes e rendosos. Sinecuras (posições rendosas sem trabalho) eram objeto de especulação entre eles.
A avareza era muito pior no alto clero. A cobiça, a extorsão, a violência dos bispos eram escândalo notório." (História da Igreja Cristã — Casa Publicadora Presbiteriana — p. 128).
 
Quando os reformadores se levantaram, algumas aberrações foram combatidas, como a venda de indulgências (Lutero), as grandes riquezas (Pedro Valdo), poderio (Francisco de Assis), envolvimento com o mundo (Bernardo de Claraval), distanciamento do povo nos cultos (João Wycliff). Eles pregavam uma vida mais simples, com salvação pela fé em Jesus, e colocavam a Bíblia nas mãos do povo, mas precisamos entender que aquela reforma somente abriu o caminho para uma restauração maior que o Senhor já vinha operando na vida do homem desde a vinda de Jesus e a descida do Espírito Santo.
 
A Semente Perversa Continua
 
Nos nossos dias essa restauração deve se aprofundar, pois a herança que recebemos de nossos pais desceu muito fundo em nossos hábitos religiosos e em nossa formação. Muitos protestantes e evangélicos condenam os excessos e desvios da Igreja Católica, enquanto continuam cegos às práticas e motivações que movem seus próprios ministérios e movimentos.
 
A área de finanças da igreja foi tocada somente em sua superfície, assim como outras áreas tais como: a forma de culto, a adoração individual, o cuidado das ovelhas, e o discipulado. O Senhor quer nos levar para seus padrões, para uma restauração de todas as coisas anunciadas pela boca de seus santos profetas (At 3.19-21).
 
O que aconteceu com a humanidade é que ela foi mergulhada num materialismo insano que domina toda sua forma de vida, suas ações, e seus ideais, e isso não deixou os cristãos ilesos.
 
A igreja assumiu uma mentalidade materialista de tal forma que sua maneira de agir não tem muita diferença dos padrões e alvos do mundo sem Deus. Seus cultos, seus ideais, sua forma de administração dos recursos — tudo está marcado pelo materialismo.

O QUE É REALMENTE SÓLIDO E PERMANENTE?

O que é materialismo?

É uma forma de pensar, segundo a qual as coisas espirituais são abstratas, difusas e sem base, e as naturais são concretas e dignas de confiança. Porém, a Bíblia ensina diferente.

"Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas"(2 Co 4.18).

A maior parte da vida humana é dedicada à busca das coisas temporais como se fossem eternas. Entretanto, todas as coisas da terra estão se desgastando minuto a minuto e somente não o percebemos porque estamos na mesma dimensão e na mesma velocidade dessas coisas. Se pudéssemos aumentar a velocidade, como se faz com os filmes, poderíamos ver as coisas que valorizamos apodrecerem e se tornarem em pó. Essas coisas são, por causa disso, abstratas no contexto espiritual e eterno, e não podemos nos basear nelas por serem de tão pouca duração.

A eternidade e as coisas relacionadas a ela são concretas por sua duração e confiabilidade.

O materialismo invadiu a vida da igreja e até sua doutrina e expectativa escatológica, pois a visão da eternidade futura está carregada de cobiça material. Os crentes são encorajados a esperarem as mesmas coisas que buscam aqui, como amplas moradias (mansões), ruas bem pavimentadas (de ouro), e constante lazer e descanso.

Nossos pais nos passaram a visão de que sua grande expectativa era a glória da presença de Deus. Ansiavam por estar com o Senhor. As figuras que a Bíblia mostra apontam para realidades espirituais, alegorias, pois como se explica sete espíritos de Deus, mar de vidro, quatro seres viventes com olhos por diante e por detrás, com semelhança de leão, novilho, homem, e águia, e outras semelhantes?

Não pretendo interpretar essas coisas. Pretendo somente trazer à lembrança verdades valorizadas pelos que viveram antes de nós e que foram estabelecidas como referência para a igreja de hoje.

Cristãos como aqueles enumerados em Hebreus 11. Homens e mulheres que descobriram riquezas espirituais em Deus, e que por causa dessa descoberta desprezaram as coisas desse mundo, morando em cavernas, sendo perseguidos, vestindo-se de peles de animais, vendo o invisível, vivendo muito acima da maior dignidade desse mundo.

O Que Estamos Buscando?

Hoje muitos buscam na igreja a solução de problemas terrenos, e lutam pelo pão que perece, sem experimentar o contentamento por ter o que comer, o que beber e o que vestir.

Os alvos são ligados ao TER e não ao SER, como se o ter constituísse a vida do homem.

Estamos envolvidos por uma teia de propaganda de insegurança no futuro, e por isso nos mergulhamos numa busca inglória por bens materiais como se estes fossem confiáveis e nos trouxessem segurança.

A proposta do Senhor para nós é que, pelo fato de não sabermos o que nos espera, devemos lançar nosso pão sobre as águas e então, depois de muitos dias o recolheremos (Ec 11.1). Isso mostra que a forma de Deus agir é completamente diferente do pensamento do homem. Quando um pão cai nas águas derrete e é impossível recolhê-lo após algum tempo, muito menos depois de muitos dias. Deus apela para a nossa fé nele, no seu suprimento, nos seus milagres. Ele diz também que devemos "repartir com sete e ainda com oito, porque não sabes que mal sobrevirá à terra". Que diferente da mentalidade humana!

O povo cristão está sendo enganado, em grande parte, por um evangelho que anuncia BOAS COISAS e não BOAS NOVAS. Anuncia a busca da satisfação do coração, sem levar a experimentar o poder transformador da cruz de Cristo.

O Modelo de Jesus ou o Modelo das Empresas?

Os modelos de igreja hoje, em grande parte, são diferentes da igreja do livro dos Atos. O povo era ensinado a dar generosamente, servindo aos necessitados. Hoje o ensino é que ser rico é sinal da bênção de Deus e ser pobre é sinal de maldição.

De acordo com os padrões atuais o próprio Jesus teria dificuldade em ser pastor de algumas igrejas. O atual padrão de sucesso no ministério é estabelecido por três fatores: número de crentes, construção de prédios e saldo bancário. Quando um pastor tem um grupo pequeno e faz esse grupo crescer, ele é considerado relativamente bem-sucedido. Se construir novos prédios é um realizador. Se faz o saldo bancário subir, é bom administrador.

Creio que essas medidas são boas para empresas, pois apontam para uma realização natural e comercial. Se a empresa aumenta seu número de empregados, seus lucros e seu patrimônio, então podemos dizer que é uma empresa bem-sucedida.

No entanto, não vejo como aplicar essas medidas para a igreja, pois o nosso modelo é o Senhor Jesus no seu ministério aqui na terra, e em nenhum momento o vemos preocupado com essas coisas.

Quantos seguidores o Senhor Jesus tinha?
Não podemos contar na hora da distribuição dos pães. Somente devemos contar os discípulos, pois é nas horas de agonia que se revela o irmão e não nas horas de festa. Na cruz estava somente um discípulo!

Como eram as finanças de Jesus?
Ele nasceu em um lugar que não era seu. Tinha uma profissão bem simples e usou um jumento emprestado na sua entrada em Jerusalém. Vestia-se com roupas doadas e fez um milagre para pagar o imposto. Para concluir, o tesoureiro era ladrão!

Quantos templos Jesus edificou? Quando foi levado por seus seguidores para que pudesse admirar as construções do Templo, falou em derrubar!

Se ele se apresentasse em algumas denominações com o intuito de se tornar pastor, certamente seria rejeitado. Definitivamente, seu padrão não condiz com alguns modelos de igreja que temos hoje.

Precisamos acordar!

Precisamos transformar-nos pela renovação do nosso entendimento, sob pena de ter as nossas obras rejeitadas pelo Senhor por completa incompatibilidade entre a sua planta, e o que nós estamos fazendo.

O Senhor somente vai encher de glória o que for construído segundo a planta dele. A sua presença somente vai ocupar aquilo que estiver de acordo com o modelo que ele apresentou, e não segundo os projetos que se parecem conosco.

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A Importância de Falar a Sã Doutrina

>> domingo, 26 de agosto de 2012

Por Clodoaldo Machado

Paulo escreveu a Tito:
"Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina" (Tito 2.1). Ao dar esta ordem, Paulo nos ensina sobre o que a igreja deve falar. Falar a sã doutrina é responsabilidade da igreja, ela deve ser conhecida por isso. A sã doutrina é a sua voz. É por isso que ela está neste mundo. Pedro escreveu que a igreja é a propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamar as virtudes daquele que a chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (1Pe.2.9, ênfase acrescentada). A igreja tem a responsabilidade de tornar o caráter de Deus conhecido. É preciso proclamar as virtudes de Deus e a igreja faz isso quando fala o que convém à sã doutrina. Falar a sã doutrina é a responsabilidade da igreja.

Muitos pensam em doutrinas como assuntos para serem tratados em livros de teologia sistemática, ou classes onde se ensinam os pilares do pensamento cristão. Certamente envolve isso, porém a sã doutrina lida também diretamente com o dia a dia das pessoas. Quando Paulo pensava em sã doutrina, ele pensava em como as pessoas estavam vivendo. Na carta de Paulo a Tito, encontramos algumas razões pelas quais é importante que a igreja se concentre nesta tarefa.

Primeiro, a sã doutrina expõe o falso ensino. Paulo escreveu: "Porque existem muitos insubordinados, palradores frívolos e enganadores, especialmente os da circuncisão. É preciso fazê-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância" (Tt.1.10,11). Paulo afirma que o ensino destes homens para nada era proveitoso. Suas palavras eram vazias e nada acrescentavam aos que ouviam. Ao contrário, tais palavras eram prejudiciais. Paulo diz que eles pervertiam casas inteiras. O ensino destes homens estava destruindo famílias. A má doutrina, sorrateiramente, ataca a família e a perverte. É preciso calar estas vozes destruidoras. Como, porém, fazemos isso? Falando corajosa e abertamente a sã doutrina.

Quando falamos a sã doutrina, consequentemente expomos o que é falso. Não podemos nos envergonhar do que cremos e devemos falar e continuar falando a sã doutrina. Por medo da impopularidade a igreja é tentada a parar de falar o que convém e falar o que as pessoas desejam ouvir. Isto abre espaço para que o ensino falso entre na igreja e, em consequência, a família seja degradada. Não é sem motivo que temos visto tantos pais separados e filhos sendo criados sem a presença deles. Quando a sã doutrina não é falada, o falso ensino ocupa o seu lugar e as dolorosas consequências são percebidas na família.

A segunda razão importante para que a sã doutrina seja falada é que ela expõe a falsa profissão de fé. Paulo escreve que aqueles homens no tocante a Deus, professam conhecê-lo; entretanto, o negam por suas obras; é por isso que são abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra (Tt.1.16). Em Creta, havia pessoas que professavam crer em Deus, no entanto suas atitudes demonstravam o contrário. Elas não eram de fato convertidas ao Senhor, ainda que dissessem ser. Este é o efeito do falso ensino, ele gera uma falsa profissão de fé. Quando a má doutrina é ensinada, as pessoas são enganadas. Elas dizem que conhecem a Deus, falam coisas a respeito de Deus, cantam músicas sobre Deus, mas de fato não O conhecem.

Pessoas estão sendo enganadas, estão crendo que são salvas, professando conhecer a Deus, sem nunca de fato O terem conhecido. Jesus disse que elas o chamam de Senhor, mas Ele nunca as conheceu (Mt.7.21,22). Somente a sã doutrina pode desfazer o engano e ajudar as pessoas a entenderem o que é conhecer a Deus. A igreja deve falar a sã doutrina, assim os que são salvos serão confirmados; os enganados, ou serão transformados ou se retirarão por não suportarem a sã doutrina. Alguém disse que o evangelho ruim é pior do que evangelho nenhum.

A terceira razão para se falar a sã doutrina é que ela lida com o comportamento das pessoas. Paulo, em Tito 2.1-10, deixou claro como a sã doutrina é algo prático.

Ela ensina ao homem o que é ser homem. Paulo escreveu: "Quanto aos homens idosos, que sejam temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na constância" (Tt.2.2).

Vivemos num mundo em que os jovens querem sempre ser jovens. Querem prolongar sua adolescência, desejam que a juventude não passe nunca. O mundo deseja que a vida seja uma grande brincadeira cheia de diversão. Entretanto, Deus nos fez para sermos adultos. A juventude é apenas uma pequena etapa da vida. A maior parte da vida é para ser vivida como adulto. Os conselhos deste mundo, porém, são contrários a isso e querem fazer das pessoas, eternos jovens. É preciso falar o que é ser homem, alguém moderado, respeitável, sensato e sadio na fé. Não temos visto as pessoas sendo respeitáveis por serem mais velhas, uma das razões é porque não querem parecer adultas e respeitáveis. Assim, a sociedade se degrada em larga escala. Só a igreja pode apresentar a solução para isso: Falar a Sã Doutrina.

A sã doutrina também ensina à mulher o que é ser mulher. Paulo escreveu que as mulheres mais velhas devem ensinar as mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos (Tt.2.3-5). Os conselhos deste mundo têm ensinado as mulheres a agirem como homens, a pensarem como homens, a fazerem atividades de homens. Até mesmo quanto à sexualidade, as mulheres têm sido levadas a pensarem como homens. Achando-se livres e emancipadas fazem, cada vez mais, o que homens egoístas querem que façam. Existe o lado feminino da sexualidade e ele parece estar sendo cada vez mais desconsiderado. Mais lamentável ainda é ver estes pensamentos seculares sobre a mulher sendo seguidos por aqueles que dizem crer na Bíblia. A sã doutrina ensina a mulher a ser mulher dentro dos propósitos de Deus. Aqui é mais um lugar onde a vergonha tem dominado a igreja. Muitos se envergonham deste ensino, acham-no ultrapassado e sem relevância e por isso não o falam.

Temos deixado o pensamento secular nos dizer o que é ser mulher. Deus, que é quem criou a mulher, sabe o que é melhor e satisfatório para ela, e sua Palavra nos ensina isso. Ela tem um papel nobre, exaltado e digno na família, na igreja e na sociedade. Porém este mundo tem diminuído este papel e feito com que tenhamos vergonha dele. Assim, temos mulheres abandonando a feminilidade que Deus designou para elas. O resultado tem sido percebido na sociedade. Falar a sã doutrina é ensinar a mulher a ser mulher.

A sã doutrina ensina o jovem a ser criterioso. Paulo escreveu: "Quanto aos moços, de igual modo, exorta-os para que, em todas as coisas, sejam criteriosos" (Tt.2.6). Em todas as coisas os jovens devem ter critério. Ter critério fala de ter uma mente sadia.

Jovens são facilmente corrompidos pelos maus conselhos deste mundo, basta conferir o número de ordenanças que a Bíblia dá quanto a isso. O livro de Provérbios, por exemplo, é intenso em falar a eles. Para muitos jovens, o que a maioria está fazendo não parece ser errado. Não é sem motivo que Paulo os ordena a serem criteriosos em todas as coisas. A sã doutrina os ajuda a ter critérios, a fim de que suas decisões sejam sábias. A juventude é um período curto da vida, porém nele são tomadas decisões que trazem consequências para a vida toda. Por isso é importante que a sã doutrina seja falada.

Davi escreveu no Salmo 19.7 que o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices. Símplices é tradução de uma palavra hebraica que traz a ideia de uma porta aberta. A ideia é que o testemunho do Senhor faz com que o crente aprenda a fechar sua mente. Ter a mente aberta é um conselho deste mundo e não da Palavra de Deus. A Palavra de Deus dá sabedoria de maneira que não sejamos mais símplices, isto é, que não sejamos mais aqueles que aceitam tudo o que nos é oferecido sem qualquer resistência. É por meio da sã doutrina que ensinamos os jovens a não serem símplices, de mente aberta. Por meio dela, eles aprendem a ser criteriosos. Quando a Palavra de Deus está na mente, ela é o filtro que impedirá os maus conselhos de entrar. Jovens precisam da sã doutrina.  

A igreja tem esta grande responsabilidade. São razões importantes para não fugirmos dela. Não podemos nos contentar com menos que isso. Não podemos ser condescendentes e permitirmos que assuntos que não convêm à sã doutrina sejam assuntos dominantes na igreja. Cada membro da igreja do Senhor Jesus Cristo é responsável por isso, uns por falarem, outros por ouvirem. Não podemos nos furtar desta grande responsabilidade: falar a sã doutrina.

- Sobre o autor: Pastor Clodoaldo Machado pastoreia a Igreja Batista Parque Industrial em São José dos Campos - SP desde o ano 2000. É bacharel em teologia pelo Cetevap - Centro de Estudos Teológicos do Vale do Paraíba, e pós graduado em aconselhamento bíblico pela Faculdade Teológica Batista de Campinas e Southeaster Baptist Seminary (EUA). Pr.Clodoaldo é casado com Patrícia e tem dois filhos, Nathan e Nathalia.

Fonte: Editora Fiel

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O que significa ser um mordomo de Deus?


Referência: 1 Coríntios 4:1-2
INTRODUÇÃO
1. “Se você quer saber por que você está aqui neste planeta, você tem que começar com Deus. Você nasceu por seu propósito e para seu propósito” (Rick Warren). João Calvino começa as suas Institutas mostrando que o conhecimento do homem, sua origem e propósito só pó ser compreendido quando conhecemos primeiro a Deus.
2. Você não descobre o significado da vida, como muitos livros de auto-ajuda dizem, olhando para dentro, mas olhando para o alto. Ilustração: Um homem perdido na floresta. Você não sairá daqui olhando para onde você está, você se dirigir olhando para o outro lado da montanha.
3. O propósito da vida não está na especulação dos milhares de filósofos, mas na revelação divina. Você não é um acidente. Seu nascimento não foi um engano. Seus pais podem não ter planejado você, mas Deus planejou. Deus não ficou surpreso por nascimento, antes o esperou. Antes de ser concebido por seus pais, você foi concebido na mente de Deus.
a) Deus planejou cada detalhe do seu corpo (Salmo 139).
b) Deus determinou os talentos naturais que você possuiria e também sua personalidade única.
c) Deus determinou o tempo da sua vida sobre a terra.
d) Deus determinou onde você nasceria: sua nacionalidade, filiação, temperamento, cultura. Sua nacionalidade não é arbitrária.
e) Deus determinou como você iria nascer. Enquanto há pais ilegítimos, não há filhos ilegítimos. Muitos filhos não foram planejados por seus pais, mas foram planejados por Deus.
f) Deus pensou em você antes de criar o mundo.
g) Deus planejou você para um propósito específico: ser seu mordomo!
I. O QUE É SER UM MORDOMO DE DEUS?
1. Definição:
· É aquele que é incumbido da direção da casa, o administrador. Ele não é dono, mas o dono da casa lhe confia tudo o que tem para ser cuidado e desenvolvido: terras, dinheiro, jóias, esposa, filhos, alimentação da família e administração de suas riquezas.
· Quando o mordomo se sente dono dos bens do seu senhor, ele trai o seu senhor.
· Quando o mordomo deixa de cuidar com zelo e fidelidade dos bens do seu senhor, ele torna-se infiel.
2. Exemplos bíblicos de mordomia
a) Eliezer – Gn 24:2 “Disse Abraão ao seu mais antigo servo da casa, que governava tudo o que possuia…”. Eliezer não apenas cuidava dos bens de Abraão, mas também da família de Abraão. É incumbido de procurar uma esposa para Isaque. Eliezer obedece prontamente e fielmente. Ele depende de Deus para obedecer ao seu Senhor e ora, pedindo a direção de Deus (Gn 24:12-14).
b) José – Gn 39:4,6: “logrou José mercê perante ele, a quem servia; e ele o pôs por mordomo de sua casa e lhe passou às mãos tudo o que tinha… Potifar tudo o que tinha confiou às mãos de José, de maneira que, tendo-o por mordomo, de nada sabia, além do pão com que se alimentava”.
c) Paulo – Ele compreendeu que sua vida tinha um propósito definido (At 20:24). Alertou para o fato de que devemos manter sempre viva a verdade de que somos mordomos dos mistérios de Dseus (1 Co 4:1-2).
d) Jesus – Jesus veio ao mundo cumprir o propósito do Pai. Tudo o que o Pai lhe confiou ele executou fielmente. A agenda do Pai era a sua agenda. A vontade do Pai era a sua vontade. Mesmo sofrendo por sua fidelidade ao propósito do Pai, permaneceu firme, deixando-nos o exemplo. “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixnado-vos exemplo para seguirdes os seus passos” (1 Pe 2:21).
II. POR QUE DEVEMOS SER MORDOMOS DE DEUS?
1. Porque Deus como o dono e sustentador do universo nos delegou essa função
a) A função do homem é de mordomo e não de proprietário
· Gn 2:15-17: “Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E o Senhor lhe deu esta ordem: De toda esta ordem: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. O homem tinha ordens de coisas que permitidas, ordenadas e proibidas.
· Gn 1:28: “E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céus e sobre todo animal que rasteja pela terra”. Ao homem cabe não apenas encher a terra, mas também sujeitá-la. O crescimento populacional precisa ser responsável. O homem é mordomo!
· Salmo 8:3-9: “… deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste: ovelhas e bois, tudos, e também os animais do campo; as aves do céu, e os peixes do mar, e tudo o que percorre as sendas dos mares”.
· Como mordomo da criação o homem tem cometido dois erros: VENERAÇÃO E DEPREDAÇÃO.
b) Deus é o dono de tudo e não nos passou escritura do que lhe pertence
· Gn 14:22 – Abraão disse para o rei de Sodoma que o “Deus altíssimo possui o céus e a terra”.
· Dt 10:14 – “Eis que os céus e os céus dos céus são do Senhor, teu Deus, a terra e tudo o que nela há”.
· Salmo 24:1 – “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam”. Os animais são de Deus (Sl 50:10-12), a terra é de Deus (Lv 25:23), a prata e o ouro são de Deus (Ag 2:8), o que a terra produz é de Deus (Os 2:8); até mesmo os bens que administramos e empregamos na obra de Deus é de Deus (1 Cr 29:13-16).
· Sempre que granjeamos, adminstramos e gastamos os recursos como se eles fossem nossos, não observando que pertencem a Deus, tornamo-nos mordomos infiéis.
2. Porque nós mesmos não nos pertencemos, mas somos propriedade exclusiva de Deus
a) Por direito de criação (Gn 1:27; 2:7; Is 42:5; 43:1-7)
· O homem não é produto do acaso, de evolução. Deus nos criou, nos formou, nos entreteceu. Ilustração: Marshall Nirenberg – 60 trilhões de célutas com 1,70 cm de fita DNA e a perseguição do período da revolução Francesa.
b) Por direito de preservação (At 14:15-17; 17:22-28)
a. A doutrina da providência é maravilhosa. Ela alcança ímpios e remidos. Deus dá a chuva e o sol ao pai de santo e ao pastor. Ele dá saúde ao salvo e incrédulo. As bênçãos da graça comum, ele as distribui a todos.
b. Nos dá vida, respiração, saúde, proteção, alimento, paladar, livramento. Ilustração: A diferença entre DEISMO E TEISMO.
c) Por direito de redenção (1 Co 6:19-20; 1 Pe 2:9; Ap 5:9)
· Deus nos criou para a sua glória (Is 43:7). O pecado nos afastou de Deus (Is 59:2). Então, Deus nos comprou pelo preço do sangue do seu Filho (At 20:28; 1 Co 6:20).
· Somos de Deus porque ele nos criou, porque ele nos preserva e porque ele nos remiu.
· Ilustração: O menino que fez um barquinho e ao brincar com ele, este escapou de suas mãos, levado pela correnteza. Viu dias depois o seu barquinho na vitrine de uma loja. Insistiu que o barquinho lhe pertencia. Mas o dono disse-lhe que ele precisava comprar. O pai lhe deu o dinheiro e ele foi e comprou o seu próprio barquinho. Com alegria, disse: “Agora você é meu duas vezes. Primeiro, porque o fiz; e segundo, porque eu o comprei.”
III. QUAIS AS IMPLICAÇÕES DE SERMOS MORDOMOS DE DEUS?
1. Passamos a ter um profundo senso do sagrado
· Acaba-se a distinção entre sagrado e prafano, ou atividades seculares e religiosas. Tudo passa ser sagrado e litúrgico. Exemplo: Isaque levanta um altar e cava um poço no mesmo lugar.
· O trabalho é sagrado. Você é um mordomo no comércio e no templo.
· O lar, a escola, o trabalho, a igreja participa da mesma esfera sagrada, porque Deus se importa com tudo o que é dele.
2. Passamos a ter um profundo senso de responsabilidade
· Vamos prestar conta da nossa mordomia (Lc 16:1). Como usamos nossa vida, família, bens, recursos, talentos, oportunidades, tempo, dinheiro.
· O que se requer dos mordomos é que eles sejam encontrados fiéis (1 Co 4:1-2).
3. Passamos a ter um profundo senso de dependência
· 1 Pedro 4:10 “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”.
· 2 Timóteo 2:21 “Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santicado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra”.
· Nenhum mordomo poderá desempenhar o seu sublime papel sem total dependência de Deus, sem o poder do Espírito Santo.

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A Bíblia afirma que o mundo não acabará em 2012?

>> quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Casei em 21 de dezembro de 1991. À época, minha esposa e eu não sabíamos que o calendário maia terminaria nessa mesma data. E, se acreditássemos em profecias sobre o fim do mundo, talvez tivéssemos mudado a data de nosso casamento. Afinal, para muitos o mundo acabará em 2012, exatamente no dia 21 do último mês deste ano! Brincadeiras à parte, há algum fundamento na notícia alarmante de que o mundo chegará ao fim em 2012?

Roland Emmerich, no filme-catástrofe 2012 — estrelado por John Cusack, Danny Glover e Woody Harrelson (Columbia Pictures, 2009) —, tomou como base o fim do calendário maia para afirmar que grandes catástrofes ocorreriam em vários lugares, gerando um colapso global e ocasionando a destruição da Terra. Sua mensagem é clara: o mundo pode até não acabar tão cedo, mas precisamos nos preparar para isso. O filme mostra que ocorrerão, em breve, erupções solares e aquecimento do núcleo da Terra, provocando o deslocamento da crostra terrestre. Isso culminará em grandes emissões de materiais magmáticos de supervulcões, bem como em grandes terremotos em toda parte.

Conquanto o enredo de 2012 seja ficcional, o alerta de que o mundo poderá acabar em breve tem sido levado a sério por muitos cientistas. Discovery Channel, National Geographic e History Channel têm produzido documentários sobre a possibilidade de o fim do mundo acontecer nas próximas décadas. Além dos recentes terremotos no Haiti e no Japão, que deixaram muita gente atônita, ambientalitas estão preocupados com o crescimento da população global e a ação predatória do ser humano. O renomado cientista James Lovelock alerta: “Não se trata meramente de dióxido de carbono em excesso no ar nem da perda da biodiversidade à medida que florestas são derrubadas; a causa central é o excesso de pessoas, seus animais de estimação e gado — mais do que a Terra consegue suportar” (Gaia: Alerta Geral, Intrínseca, página 19).

Lovelock — formado em medicina, química e biofísica — descarta a ideia de que o mundo acabará em 2012. Mas defende a tese de que a Terra poderá ser destruída em pouco tempo: “A história da Terra e os modelos climáticos simples baseados na noção de uma Terra viva e reativa sugerem que são mais prováveis mudanças súbitas e surpresas [...]. Se o governo do Reino Unido persistir em forçar os esquemas dispendiosos e nada práticos da energia renovável, em breve descobriremos que quase tudo o que resta da nossa região rural será usado para a produção de biocombustível, geradores de biogás e parques eólicos de escala industrial — tudo isto no exato momento em que precisaremos de todo o campo existente para o cultivo de alimentos” (idem, páginas 20-30).

Outra preocupação apresentada pelo cientista é o aquecimento global: “A mera redução da queima de combustíveis fósseis, do uso de energia e da destruição de florestas naturais não será uma resposta suficiente ao aquecimento global, principalmente porque parece que a mudança climática pode acontecer mais rápido do que somos capazes de reagir a ela. E ela pode ser irreversível. Consideremos: o Protocolo de Kyoto foi elaborado há mais de dez anos e, desde então, parece que fizemos pouco mais que gestos quase vazios para deter a mudança climática” (idem, página 25).

Quanto a uma possível guerra nuclear, o cientista afirma: “Não demorará muito e poderemos nos defrontar com uma devastação de alcance planetário pior até que uma guerra nuclear ilimitada entre superpotências. A guerra climática poderia matar quase todos nós e deixar os poucos sobreviventes com um padrão de vida comparável ao da Idade da Pedra” (idem, página 44). Podemos ignorar a mensagem transmitida por um filme de ficção e até rir dela. Entretanto, o alerta de um cientista premiado, como James Lovelock — considerado pela revista Prospect um dos maiores intelectuais do mundo —, não deve ser desprezado.

Chegará, sem dúvida, o período que o Senhor Jesus chamou de a Grande Tribulação (Mt 24.29), em que males sem precedentes virão sobre a humanidade. Mas isso ainda não causará o fim do mundo. Após o período de grande aflição de sete anos, será estabelecido o Milênio (Ap 20.1-10). Somente depois desse período de mil anos de paz, em que a Igreja reinará com Cristo, o mundo chegará ao fim. Segundo a Palavra profética, “os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nelas há, se queimarão” (2 Pe 3.10), dando lugar a um novo céu e uma nova terra (Ap 21.1). Segue-se que o servo do Senhor não precisa se preocupar com o fim. Afinal, se Jesus viesse buscar a sua Igreja hoje, o mundo só acabaria daqui a 1.007 anos!

O fim do mundo, propriamente dito, ocorrerá somente depois de vários eventos escatológicos previstos nas Escrituras: o Arrebatamento da Igreja, o Tribunal de Cristo, as Bodas do Cordeiro, a Grande Tribulação, a batalha do Armagedom, o Milênio, a última revolta de Satanás e o Juízo Final. Isso não significa que devemos ficar desapercebidos e ignorar o cumprimento profético e a bem-aventurada esperança (Tt 2.13). Em Mateus 24.3, vemos que os discípulos do Senhor Jesus, após ouvirem a sua predição de que o Templo em Jerusalém seria destruído — profecia que se cumpriu no ano 70 d.C. —, lhe fizeram uma indagação tripartida, a qual abarcou: (a) o futuro próximo: “quando serão essas coisas”; (b) o futuro remoto: “que sinal haverá da tua vinda”; e (c) o “fim do mundo”.

Considerar as três partes da pergunta dos discípulos é a chave para o entendimento de todo o plano escatológico descrito em Mateus 24, o qual apresenta sinais alusivos ao primeiro século, à Segunda Vinda e à consumação de todas as coisas. Ao ouvir o mencionado questionamento tríplice, o Senhor alertou: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos” (Mt 24.4,5). Isso mostra que, nos dias que antecedem o Arrebatamento da Igreja, aumentará o número de enganadores (Mc 13.22; 2 Pe 2.1,2) e de seguidores do erro, inclusive entre os cristãos (2 Tm 4.3).

Depois do Rapto, entrarão em cena, em pessoa, o Anticristo e o Falso Profeta (Ap 13). Enquanto isso não acontece, inúmeros precursores desses agentes do mal têm agido no mundo (1 Jo 2.18; 4.1-3; 2 Pe 2.2). E não são poucos os propagadores de doutrinas falsas e falsificadas. Na mesma resposta à pergunta tripartida dos seus discípulos, o Senhor profetizou: “Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (Mt 24.11). A cada dia, aumenta o número dos lobos (At 20.29), que, com a sua aparência de piedade (2 Tm 3.5), se passam por ovelhas (Mt 7.15) e enganam os desavisados (Ef 4.14). Mas a Noiva já está pronta! Os salvos, preparados, estão fazendo a última oração da Bíblia: “Ora, vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20).

Ciro Sanches Zibordi
Publicado no jornal Mensageiro da Paz, de julho/2012

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O Sal da Terra e o Político Crente

>> quarta-feira, 22 de agosto de 2012




Marcelo Lemos

Estamos em mais um ano eleitoral. Mais um ano, no qual, muitos de nossos púlpitos são arrendados para políticos ‘simpatizantes’ dos evangélicos, e candidatos das nossas agremiações. As Eleições são capazes de fazer ‘milagres’. Por exemplo, ainda que o pastor do Ministério “B” jamais ceda seu púlpito para um pastor do Ministério “A”, ele fará graciosamente uma concessão ao político “Y”, ainda que este tenha recebido um ‘passe’ de ‘pai de santo’ horas antes... E, não pense o querido leitor, que nos falte bases teológicas que justifiquem tal engajamento!

Por exemplo, poderá o pastor argumentar que Cristo nos chamou para ser “sal da terra e luz do mundo”. Essa justificativa teológica para o engajamento político é um clássico! Mas, será que tais palavras de Cristo podem ser usadas deste modo? Antes de responder essa questão, preciso abrir um parêntesis.

Eu gosto de Política. Acredito que enquanto repetimos chavões como “não gosto de política” ou “o política é igual futebol: não se discute”, simplesmente facilitamos a vida de oportunistas, inclusive o tipo que pretendemos expor nesse artigo. Gosto e faço política. Nem mesmo sou contra que cristãos sejam candidatos e governantes. Nem mesmo sou contra que líderes cristãos assumam cargos eletivos – ainda que seja recomendado tirar uma licença ministerial neste caso. Enfim, o dever do cristão de participar da vida pública de sua nação não está em discussão neste texto. Dito isto, prossigamos!

Quando Cristo disse que devemos ser “sal da terra e luz do mundo”, não tinha em mente que conquistássemos cargos políticos e posições na sociedade. Na verdade, Cristo tinha em mente que os cristãos vivessem para Deus, de modo santo, mesmo que para isso fosse necessário aceitar serem excluídos da sociedade, e algumas vezes, perseguidos por ela. Fugir dessas implicações é pisar o sangue dos cristãos primitivos! Se não estamos dispostos a entrar com pés e mãos atados nos Coliseus da modernidade, se não estamos prontos servir de tocha humana nos jardins dos Cezares de hoje, também não estamos prontos para sentarmo-nos à mesa do Concílio de Calcedônia!

Quanto a Igreja, saindo vitoriosa das perseguições imperiais, e reuniu-se em Calcedônia, não o fez com carruagens e pompas. Encontraremos ali homens de Deus, de todo o mundo, que haviam enfrentado leões em suas covas. Facilmente nos esquecemos de que a maioria dos bispos ali reunidos havia sido perseguida, presa e torturada; e muitos deles estavam literalmente mutilados! Mas, aqueles farrapos humanos deixaram o mais emocionante testemunho que a História já conheceu: as portas do Inferno não prevalecerão, jamais!

Infelizmente, vemos que, hoje, quando o cristão chega ao poder, não é como “sal da terra e luz do mundo”, mas como coisa insípida, sem nenhum sabor! O mais triste de tudo é que, justamente a Igreja, que deveria ser celeiro de uma mudança radical para o nosso País, tem, na verdade, se conformado e moldado ao mundo.

Para que possamos ser “sal e luz” na política, e na sociedade como um todo, é preciso que antes tenhamos uma teologia que seja “sal e luz” em nossas próprias vidas.



Marcelo Lemos, editor do blog Olhar Reformado, e parceiro do Genizah!

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Honestidade e transparência no manejo das ofertas

"Por isso, todos os artesãos habilidosos que trabalhavam no santuário interromperam o trabalho  e disseram a Moisés: “O povo está trazendo mais do que o suficiente para realizar a obra que o Senhor ordenou”.
Então Moisés ordenou que fosse feita esta proclamação em todo o acampamento: “Nenhum homem ou mulher deverá fazer mais nada para ser oferecido ao santuário”. Assim, o povo foi impedido de trazer mais,  pois o que já haviam recebido era mais que suficiente para realizar toda a obra."
Êxodo 36:4-7

Destaca-se aqui a generosidade do povo e a honestidade dos lideres religiosos. Modelo bíblico que devemos sempre seguir!



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Seita divide povo mexicano

>> segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Nova Jerusalém, uma aldeia mexicana fundada em 1973, é governada por uma seita que proíbe, entre outras coisas, televisão, rádio, jornais, telefones celulares e bebidas alcoólicas.
Há cinco anos, alguns dissidentes abriram duas escolas laicas. Mas no início do mês de julho, membros da seita as destruíram, aumentando as tensões na cidade.


Fonte:Servos do Senhor

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Israel: O Incesto de Noé e Cam


Em Gênese, o primeiro livro da Bíblia, cuja autoria é atribuída ainda a Moisés, após o episódio do Dilúvio em que Noé salva os animais e sua família da inundação enviada por Deus para extinguir os pecadores de sua criação, existe uma passagem que aparece assim:
"Os filhos de Noé que saíram da arca eram Sem, Cam e Jafé. Cam era o pai de Canaã. Estes eram os três filhos de Noé. É por eles que foi povoada toda terra.
Noé, que era agricultor, planou uma vinha. Tendo bebido vinho, embriagou-se, e apareceu nu no meio de sua tenda. Cam, pai de Canaã, vendo a nudez de seu pai, saiu e foi contá-lo aos seus irmãos. Mas, Sem e Jafé, tomando uma capa, puseram-na sobre os seus ombros e foram cobrir a nudez de seu pai, andando de costas; e não viram a nudez de seu pai, pois tinham os seus rostos voltados. Quando Noé despertou de sua embriaguez, soube que lhe tinha feito o seu filho mais novo. 'Maldito seja, Canaã' - disse ele - 'que ele seja o escravo dos escravos de seus irmãos!'. E acrescentou: 'Bendito seja o Senhor Deus de Sem, e Canaã seja seu escravo! Que Deus prospere a Jafé; e este habite nas tendas de Sem, e Canaã seja seu escravo!'." (Genesis 9:18-27).
Duas questões são evocadas por este trecho. Primeiramente o uso da expressão "vendo a nudez do seu pai", a mesma expressão aparece no Levítico se referindo a um ato sexual: "Nenhum de vós se achegará àquela que lhe é próxima de sangue, para descobrir a sua nudez. Eu sou o Senhor" (Levítico 18:6), "Não tomarás a irmã de tua mulher, de modo que lhe seja um rival, descobrindo sua nudez com a de tua mulher durante a vida" (Lev 18:18), "Não te achegarás a uma mulher durante a sua menstruação para descobrir sua nudez" (Lev 18:19), "Se um homem tomar a sua irmã, filha de seu pai ou de sua mãe, e vir a nudez dela, e ela vir a sua, isso é uma coisa infame. Serão exterminados sob os olhos de seus compatriotas: descobriu a nudez de sua irmã; levará a sua iniquidade" (Lev 20:17), portanto, como os dois livros têm, acredita-se, uma composição aproximada, é lógico propor que o sentido da expressão seja o mesmo. Portanto, no mito fixado na Bíblia, após ficar bêbado com o vinho, Noé teria tido uma relação sexual com o seu filho mais novo. Angel Rodriguez afirma que muitos dos interpretes, inclusive, concordam com esta teoria, porém ele faz duas perguntas: a primeira que nenhuma das referências do Levítico levam em consideração relações homoeróticas ao utilizar a expressão descobrir/ver a nudez e que estas referências poderiam se referir muito mais a Cam ter tido relações sexuais com sua própria mãe, dado um outro versículo: "Não descobrirás a nudez do irmão de teu pai, aproximando-te de sua mulher: é tua tia" (Lev 18:14). Segundo Rogriguez, este trecho diz que a nudez é uma metáfora para a esposa/mulher do homem, porém se voltarmo-nos para o versículo 20:17 (citado acima) que diz em um momento "vir a nudez dela, e ela vir a sua", significa que as mulheres também teriam a sua própria nudez. Se Rodriguez estiver correto, então mulheres poderiam ter esposas no início da história judaica; se ele estiver errado, também se comprova que a expressão também poderia ser usada entre relações entre pessoas do mesmo sexo. 
Se acreditarmos que Rodriguez está enganado, o crime de Cam contra seu pai torna-se o incesto, e aí vemos que por causa disso o pai amaldiçoa o filho e toda sua descendência. Eles tornariam-se escravos de seus outros filhos e seus descendentes. O livro do Gêneses diz que descendiam de Jafé os povos dispersos nas ilhas, de Sem descendiam todas as tribos de Israel e Judá, enquanto de Cam descendiam os assírios, babilônicos, fenícios, filisteus, amorreus, samareus e os cananeus, isto é, basicamente todas as tribos que eram inimigas dos israelitas. Ou seja, o texto do Gênese fornece o motivo pelo qual era lícito aos israelitas fazerem guerra a seus povos vizinhos, dominá-los, tomar-lhes a terra e ainda fazê-los de escravos. Volta-se, novamente, a questão da construção da identidade e de uma nação para os israelitas. Eles estão construindo uma nação para eles, vindos do Egito, e precisam expulsar aqueles povos que já estavam ali para abrir espaço para si mesmos, e a primeira forma de fazer isso, de fazer um espaço para si e evitar que o grupo étnico seu misture com os que estão lá dentro é amaldiçoar/demonizar o outro grupo. E o incesto, prática comum no Egito de onde os hebreus fugiam, não o homoerotismo, é o crime mais grave para o mundo hebraico.

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Preso pastor da Igreja da Maconha no interior de SP. ''Jesus era maconheiro, Canaã vem de Cannabis e Pão da Ceia era de Maconha''.Assistam

>> sábado, 18 de agosto de 2012


Foram apreendidos 37 pés de maconha plantados na chácara. Além do líder, outros três jovens foram levados para a delegacia.


Ras Geraldinho Rastafári, líder da Primeira Igreja Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil. Foto: Edu fortes



A Guarda Municipal prendeu nesta terça-feira (14) o responsável pela sede da "Primeira Igreja Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil", no bairro Praia dos Namorados, em Americana (SP), por tráfico de drogas.

O homem, de 53 anos, é ativista social, publicitário e faz apologia ao uso da maconha como ato religioso. Também foram detidos na chácara onde ele mora, dois jovens de 18 anos e um adolescente.

Os guardas localizaram 37 pés de maconha, alguns com cerca de 1,80m de altura. Os pés de maconha estavam plantados em caixas de leite e em canteiros na entrada da casa.

Também foram encontrados em um quarto galhos da planta secos pendurados.



Segundo a Guarda, na entrada da propriedade tinha um aviso colado no portão informando o horário de funcionamento e o valor da entrada no local.


Peritos do Instituto de Criminalística estiveram na propriedade para exame de constatação de drogas.

A perícia da Polícia Civil vai investigar se as mudas encontradas possuem o princípio ativo da maconha que é responsável pelos efeitos da droga no organismo. O caso foi registrado no plantão policial da cidade.


Plantação sagrada; amostra de fibra de cânhamo (matéria-prima de cordas e tecidos); dichavando para louvar


As apreensões no local são reincidentes

No ano passado, foram apreendidos 32 pés de maconha, o responsável pela empresa prestou depoimento e depois foi liberado.

Irmãos reunidos num só propósito no momento de culto

Em 2010, a Delegacia de Investigação sobre Entorpecentes (Dise) também apreendeu na igreja seis pés da planta.

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O “Jesus não obsoleto" INRI CRISTO faz ato profético por justiça no julgamento do mensalão



Nestes dias de greve geral com baderna na esplanada dos ministérios e poucas manifestações diante do supremo em função do julgamento do mensalão, quem “bateu ponto” na mídia nesta última quarta feira foi aquele que se autodenomina a segunda pessoa da Trindade encarnada: INRI Cristo.

Acompanhado de suas INRIZETES, o "adjetivo" encarnado foi questionado pelos jornalistas presentes sobre a sua presença inusitada no local: “-Vim aqui atendendo a uma aclamação do povo, que com insistência quer minha opinião sobre esse enigma chamado mensalão. Que meu pai inspire esses juízes para justiça. Sou pela justiça, nem todos são culpados nem todos são inocentes" – respondeu.

Em seguida, atendendo aos jornalistas e sob os auspícios da guarda do STF, que o permitiu  se aproximar da área restrita circundando o Supremo Tribunal Federal, INRI orou quatro vezes por justiça no julgamento.

Terminada a pajelança, o "messias genérico"  agradeceu os seguranças pela solícita cooperação no ato profético e informou que o “Pai” deverá atender a seu pedido insistente por justiça no processo.

Por fim, como em todas as suas aparições públicas, não faltou quem lhe perguntasse se ele era Jesus Cristo: “- Jesus é um nome obsoleto, não conta mais. Meu nome é INRI”, respondeu a divindade paraguaia.

Agora só falta o Malafaia dar sua passadinha lá no Supremo para clamar por justiça no julgamento do mensalão... Ou não! Afinal, como lembram os seus desafetos, Malafaia é totalmente favorável ao mensalão: Por muitos anos recebeu uma mesada de Edir Macedo para defender a IURD em seu programa de TV. Era, portanto, mensaleiro eclesiástico.

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Israel: O Código de Santidade do Levítico



O Levítico é o terceiro livro da Bíblia, parte do Pentateuco, para os cristãos, e da Torá, para os judeus, que são constituídos pelos cinco primeiros livros, a saber o Gênese, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. É considerado um dos livros históricos e sua autoria é atribuída a Moisés que o teria escrito enquanto vagava pelo deserto árabe, após a fuga do Egito; no entanto, sua escrita é provavelmente da época em que os judeus estavam sendo dominados pelos babilônicos, em 500 a.C. O Livro foi composto para servir como manual religioso para os levitas, os sacerdotes encarregados do culto que eram escolhidos entre os membros da tribo de Levi. E portanto é um manual de regras para definir como devem ser feitos os sacrifícios ao Senhor (1-7); como os sacerdotes são consagrados (8-10) e legisla sobre a pureza (11-17) e santidade do povo judeu (17-26). 
Esta legislação sobre a pureza e santidade do povo judeu é um dos elementos mais importantes deste livro. Escrito no exílio, era importante para aquela população se diferenciar dos babilônicos, seus captores, e das outras etnias que existiam em torno deles como os cananeus, fenícios, hurritas, assírios e outros. O Levítico é basicamente um livro para expressar identidade. Ele dita as leis, regras e tabus que definem as Doze Tribos isreaelitas como uma população única que dividem a mesma identidade étnica.Dallmer de Assis afirma que através deste livro as Tribos de Israel pretendem criar para si uma unidade cultual, ética e sexual.
Exilados no estrangeiro, seu grande desafio era conservar a própria identidade, para isso eles se mantinham articulados graças a práticas simbólicas (usos e costumes) que os distinguisse e separasse, ou seja, os tornasse santos (separados). Define-se, por exemplo, que quando a mulher fica menstruada, torna-se impura por sete dias, e tudo que ela tocar ou tocar nela, inclusive aqueles que fizerem sexo com ela (15:19-31); ou que se uma casa for tomada pela lepra, o chefe da casa deve imediatamente avisar ao sacerdote (14:35); que os meninos serão circuncidados após o oitavo dia de nascimento (12:3); e que animais podem ser comidos ou não (11:1-46), sendo considerado uma abominação aquele que desobedece qualquer uma dessas regras. No capítulo 18, tem-se orientações para que Israel não se comporte como as outras nações, principalmente em relação aos seus comportamentos sexuais, cita-se precisamente os egípcios e os cananeus (18:3), cujos casamentos endogâmicos nas famílias reais era comum, e em Israel o incesto torna-se tabu. "Nenhum de vós se achegará àquela que lhe é próxima por sangue, para descobrir sua nudez" (18:6), "não descobrirás a nudez de teu pai, nem a de tua mãe" (18:7), "não descobrirás a nudez da mulher de teu pai" (18:8). É neste contexto que se diz: "Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher: isso é uma abominação" (18:22). 
No capítulo 20, estes tabus ganham pena porque ofendem diretamente ao Deus. O capítulo começa com o Senhor de Israel lembrando o contrato em que seu povo tem com ele: "Todo israelita ou estrangeiro que habita em Israel e que sacrificar um de seus filhos a Moloc será punido de morte. O povo da terra o apedrejará" (20:2). E também: "Se alguém se dirigir aos necromantes ou aos adivinhos para fornicar com eles voltarei meu rosto contra esse homem e o cortarei do meio do povo" (20:6). Este capítulo trata da participação dos membros de Israel dentro de cultos de outras religiões, e neste caso exatamente se fala dos rituais comuns em terras babilônicas em que o fiel tinha relações sexuais com o sacerdote do templo para saber a vontade do deus, mas também das leis que regem o casamento e os tabus sexuais de incesto e das relações homoeróticas:  "Se um homem dormir com outro homem, como se fosse mulher, ambos cometerão coisa abominável. Serão punidos de morte e levarão a culpa" (20:13).
Em resumo, o que o Levítico proíbe é que o povo de Israel se comporte como seus vizinhos ou seus captores. Uma "abominação" sempre corresponde a uma prática pagã e idólatra, as penas de morte só são impostas para aqueles israelitas que não se comportam como membros de sua própria comunidade adotando comportamentos que vão de encontro ao que define a sua identidade. No entanto, David Stewart propõe uma outra interpretação. Ele reforça que o contexto em que ambas as proibições aparecem é um contexto de proibição de incesto. É o momento em que se regra que mãe e filho, pai e filha, irmão e irmã não podem ter relações sexuais, Stewart questiona se esta regra não pretende falar dos relacionamentos sexuais entre pai e filho e entre irmão e irmão. A tese de Stewart é nova, oriunda de sua tese de doutoramento em 2000, e resolve dois problemas tradicionais: 1) Por que códigos israelitas anteriores ao Levítico não possuem proibições às relações homoeróticas?; e 2) Por que não existem proibições incestuosas entre pai e filho já que leis hititas anteriores são tão claras a respeito disso?
 
 

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A História do Inferno: 1800 e 1900 d.C.

O que os cristãos creram a respeito do inferno ao longo da história?
Após uma introdução das três principais visões sobre o inferno, apresentamos aqui grandes nomes da história e o que defendiam sobre o assunto. (acesse a introdução para ver o índice)
história do inferno - cobra
George MacDonald (1824-1905)
Pastor, novelista, escritor de fantasias e discípulo de F.D. Maurice, George MacDonald é mais bem conhecido hoje por sua profunda influência sobre C.S. Lewis e outros escritores cristãos do século XX.
O ponto inicial da teologia de MacDonald era o amor universal de Deus, o qual “está sempre fazendo o seu melhor por todos os homens”, fazendo com que todas as coisas cooperem para a salvação de cada um de seus filhos. Citando Hebreus 12.29, MacDonald sustentava que o “fogo consumidor” de Deus é, na verdade, a inexorável pureza do seu amor, o qual extingue todas as impurezas nos amados, destruindo aquilo que não é amável: “Deus os ama de tal maneira, que os purificará no fogo”. Toda punição existe tendo em vista o arrependimento.
Para MacDonald, o inferno é um estado mental do ser que começa na terra para muitas pessoas, e pode continuar após a morte de uma maneira muito mais intensa. O indivíduo no inferno é um objeto do amor de Deus tanto quanto o mais santo dos santos, mas esse indivíduo, ao resistir a Deus, experimenta aquele amor como ira. O inferno não é um lugar de tormentos sem fim, mas uma condição temporária de sofrimento purgatorial. “Eu creio que a justiça e a misericórdia são simplesmente uma e a mesma coisa… Eu creio que o inferno existe para servir a justa misericórdia de Deus em redimir os seus filhos.”
Para MacDonald, mesmo o abismo mais sombrio do inferno existe para um propósito: para trazer os pródigos aos pés de seu Pai, de boa vontade e com um novo amor. “Deus, na escuridão, pode fazer um homem sedento pela luz, aquele homem que na luz não busca outra coisa, senão a escuridão”. No final, MacDonald concluía, mesmo o diabo iria arrepender-se e voltar-se para o seu Mestre, e o próprio inferno seria destruído. Finalmente, o amor do Pai seria vitorioso.
“Ensaios e Resenhas” vs. a Declaração de Oxford
O altamente controverso volume Ensaios e Resenhas (1860) trouxe as questões relativas à inspiração da Escritura e à punição eterna para o debate público. O pensador liberal Henry Bristow Wilson sustentava que, em um tempo no qual os cristãos ocidentais descobriam mais e mais acerca do mundo não-cristão, fazia-se necessário reconsiderar os dogmas tradicionais relacionados à punição eterna. Ele sugeria como alternativa a possibilidade de um desenvolvimento espiritual adicional após a morte, uma espécie de “segunda chance” escatológica.
Em resposta à controvérsia dos Ensaios e Resenhas, 11.000 clérigos da Igreja da Inglaterra assinaram a Declaração de Oxford, em 1864, afirmando a sua crença “de que a ‘punição’ dos ‘ímpios’, semelhantemente à ‘vida’ dos ‘justos’, é ‘eterna’.
F.W. Farrar (1831-1903) vs. E.B. Pusey (1800-1882)
No final dos anos 1870 e 1880, um conhecido debate acerca da tradicional doutrina da punição eterna se deu entre F.W. Farrar, cônego de Westminster, e E.B. Pusey, líder do Movimento Oxford na Igreja da Inglaterra. Farrar pregou uma série de sermões que posteriormente foram publicados no livro Esperança Eterna. Na obra, ele defendeu aquilo que acreditava ser o âmago da visão bíblica do inferno: “Que há uma terrível retribuição ao pecado impenitente, tanto nesta vida quanto após ela; que sem santidade nenhum homem pode ver o Senhor; que o pecado não pode ser perdoado  até que o indivíduo se arrependa dele e o abandone; que a sentença que advém em razão do pecado é tanto misericordiosa quanto justa.”
Ele rejeitava, todavia, as ideias de que o inferno é um lugar de tormento corporal e eterno e que a maioria dos seres humanos acabarão lá. Ele desejava manter aberta a possibilidade de arrependimento após a morte. Muitas pessoas interpretaram o livro como se ele ensinasse o universalismo, apesar do fato de Farrar insistir que ele rejeitava tanto o universalismo como o condicionalismo.
Em refutação, Pusey publicou uma defesa acadêmica do ensino tradicional da igreja, com o título O que a fé ensina acerca da punição eterna?. Pusey sustentava que a doutrina ortodoxa não exigia que crêssemos que a punição será física, tampouco ela prediz quantos serão salvos ou condenados. Nós talvez nunca saibamos quantas pessoas estão em um estado de graça ou se arrependem em seus leitos de morte. Acerca daqueles que nunca ouviram o evangelho, ele insistia que “cada alma será julgada por ter respondido ou não à medida de luz que Ele lhe concedeu”. Contra Farrar, ele asseverou que o inferno é eterno e que o destino de cada indivíduo é determinado no momento da morte.
Adventistas do Sétimo Dia (formalmente estabelecidos em 1863)
A Igreja Adventista do Sétimo Dia brotou a partir do movimento millerista ocorrido nos Estados Unidos durante o século XIX (William Miller previu a segunda vinda de Cristo entre 1843 e 1844). O seu nome reflete a sua observância do sábado (o sétimo dia) como o dia do descanso (shabbat) e a sua ênfase no retorno iminente e premilenista de Cristo.
Uma das crenças distintivas dos adventistas é a imortalidade condicional ou aniquilacionismo: o ser humano é uma unidade indivisível e não possui uma alma imortal que existe após a morte. Apenas Deus é imortal e assegura a vida eterna aos redimidos na ressurreição, quando Cristo retornar. Aqueles que morrem entram em um estado inconsciente até lá, e os não redimidos ressuscitarão no final do Milênio, quando o fogo de Deus os destruirá.
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